Teve lugar no 30 de Novembro, no Fórum Machico, a II Conferência do Caminho Real da Madeira. O evento, cuja abertura foi feita pelo presidente Câmara Municipal de Machico, Ricardo Franco, reuniu cerca de 70 pessoas.
Esta segunda iniciativa da Associação do Caminho Real da Madeira agregou um espaço de reflexão conjunta que contou com dois painéis: ‘Conhecimento’ dos contextos históricos, etnográficos e naturais que caracterizam os Caminhos Reais; ‘Valorização, onde se abordou o que estes percursos podem aportar à RAM.
No primeiro painel foram palestrantes Isabel Gouveia (curadora do Solar do Ribeirinho, da Câmara Municipal de Machico), João Paredes (Real Associação da Madeira), Domingos Rodrigues (professor da UMa) e Lígia Oliveira (administradora do Projecto ‘Madeira Quase Esquecida’), com a moderação de Ricardo Miguel Oliveira (DN-Madeira).
Tânia Spínola (RTP-Madeira) moderou o segundo painel, cujos integrantes foram Eric Schumann (director dos hotéis GaloMar), Frederica Gonçalves (professora da UMa) e Hélder Jardim (chefe dos Escoteiros do Agrupamento 101/Santa Luzia).
Apresentaram-se documentos históricos, explicações sobre a estrutura dos caminhos, testemunhos pessoais, registos fotográficos, perspectivas do uso de tecnologia, e novas estratégias de turismo que contemplam os Caminhos Reais como alicerce.
Das intervenções resultou o consenso de que é necessário “classificar os Caminho Reais como património mundial e aproveitar a disponibilidade de fundos comunitários para a sua preservação”, realça uma nota da Associação.
“Urge digitalizar e disponibilizar espólio de maneira catalogada e habilitada de mecanismos de pesquisa online para facilitar a investigação e divulgação”, acrescenta. Diz ainda que é necessário “investir em placas e sinalética no terreno e garantir transportes públicos adequados aos turistas”.
A ACRM vai organizar o evento "Pão por Deus pelos Caminhos Reais" no próximo dia 1 de novembro.
O Caminho Real 23 cruza-se com o Caminho Real 27 para a celebração do "Pão por Deus", culminando com um almoço na localidade da Falca, em Boaventura, para a prova de uma sopa de cevadinha (mediante o pagamento de 5€) e partilha das iguarias que cada Caminheiro queira trazer nos típicos sacos de pano utilizados neste dia.
O ponto de encontro será na Igreja do Arco de S. Jorge às 9h00, iniciando-se a caminhada de cerca de 13km em direção à Igreja da Boaventura pelo CR23, terminando na Capela da Falca, via CR27.
Os caminheiros que pretendam provar a sopa deverão confirmar junto da Associação do Caminho Real da Madeira dessa intenção até o dia 30 de Outubro para o e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..
A ACRM vai apresentar os #caminhosreais no café da Fnac Madeira na próxima terça feira dia 29/10, pelas 18h45m:
Terminou na tarde de domingo passado a primeira Caminhada Literária organizada pela Associação do Caminho Real da Madeira.
Com origem no Paul da Serra, os 70 caminheiros participantes percorreram 10 km do Caminho Real 28, em sentido descendente até à Ponta do Sol, com acompanhamento literário a cargo do escritor madeirense Cristiano Pestana. Este historiador contextualizou o percurso sob a efígie do tema "No Trilho dos Guanches", partilhando resultados da sua investigação única sobre os povos “Guanches”, provenientes da Ilha de Tenerife, e a sua relação com os Descobrimentos, a Ordem de Cristo, os Reis Católicos e a colonização da Madeira.
Esta temática centraliza o enredo da segunda obra deste autor, intitulada “Uma Aura Atlântica”.
Cristiano Pestana, através do seu romance, preenche o vazio histórico acerca das Canárias na época que decorre entre 1420 e 1480. As primeiras palavras como escritor foram lavradas no seu primeiro livro, “Crónicas de Pores-do-sol”, publicado em Fevereiro de 2013. Configura-se como romance histórico, á volta de locais e episódios taxativos da formação de Portugal, ao longo de vários séculos, partindo do século XV.
O Caminho Real 28, ligando o porto da Ponta do Sol à vila nortenha de São Vicente, constituía uma importante rota comercial alternativa à exigente cabotagem marítima.
A organização de transporte teve o apoio da Câmara Municipal da Ponta do Sol, que disponibilizou um autocarro.